Tuesday, January 22, 2008

Vinicius e Christine - Temas a desenvolver


“Temas a desenvolver”

Vinicius e Christine
Inspiração emocionalmente abalada
Kundalini
Boca de baixo cabeça de baixo


E depois dizem que as mulheres é que são complicadas....
Quer dizer, são também, mas pelo menos elas pensam...E como pensam.....
Mas pensar não significa que as coisas sairão tão bem quanto foram planejadas, pensar é elucubrar, pensamentos têm que ser testados e falando por mim, eu testo-os mesmo que isso me leve ao arrependimento depois, lógico, se eu me arrependesse antes de fazer não o faria, mas em compensação não te testaria e não te conheceria; coisa impossível, te conhecer, mesmo depois de convivermos por tanto tempo, eu não te conheço, cada vez que te encontro é como conhecer alguém diferente em uma festa, interessante, educado, inteligente e muito envolvente. Aquele mergulho fica sempre para uma próxima oportunidade pois eu tenho a sensação de que falar sobre a relação é sempre estragar aquele clima romântico. E é.
Mas, como vendem coragem em garrafas, feito de um líquido meio salgado que deve ser ingerido gelado, apesar de que algumas pessoas conseguem tomar coragem quente, isso leva as pessoas a falar, falar muito, dizer coisas que estavam engasgadas porque não desciam nem pra elas mesmas, pensamentos, aqueles pensamentos lembra? Pois é, talvez faça sentido as mulheres terem duas bocas e os homens terem 2 cabeças, as mulheres é que falam, que decidem, que encorajam, os homens raciocinam, são frios e calmos. Tudo muito bem controlado, muito racional.
Engraçado, como as mulheres decidem? Se elas tem 2 bocas, uma que fala demais e a outra que não fala nada e uma cabeça que pensa tudo ao contrário? Haha, temos a intuição pra ajudar a equilibrar.
Bem, no fim não adianta tentarmos nos entender, no nosso caso por exemplo, não dizemos muito um ao outro, pelo menos não tudo, mas também não conseguimos ficar separados por muito tempo, alías, não sei como você consegue, porque aceita tudo com uma facilidade, acredito que seja tão altruísta que chega a virar egoísta. “Eu te deixo ir porque não suporto a idéia de estares sofrendo por minha causa”, você sofreria por isso, ou seja, você não quer sofrer então não deixa eu sofrer, mas quem disse que eu sofro? Isso é puro egoísmo.
Voltando ao raciocínio inicial, quem decide o que faremos, ou como faremos, ou quando faremos não somos nós, são nossos órgãos genitais, a cabeça que não pensa e a boca que não fala, ou seja, é isso que você está tentando me dizer? Claro que não, isso é apenas um fato.
Também não me agrada a idéia de querer estar com você e você não querer. É, é assim que eu vejo nossa estória, e agora? Na verdade sei que não é isso, mas por que você não tenta mudar essa idéia? Por que você não se esforça nem um pouquinho para me mostrar o quanto gostas de mim, ou o quanto gostas de ficar comigo, ou de estar comigo?
E ainda por cima você tem o dom de escolher os filmes que me dizem algo, sempre, naquele momento, tudo o que eu preciso saber, ou conhecer ou acordar para... Incrível.
Tirando as Metralhadoras cospem, que não tinha nada a ver com ninguém, ou talvez estivéssemos em um momento meio infantil, meio de guerras internas, quem sabe? Guerra com os doces e com as vontades....Pura carência.


Na verdade não estou inspirada hoje. Falei tanto de meus predicados literários ontem, mas acho que escrever só faz sentido quando não conseguimos falar, ou seja, em muitos casos pode ser apenas uma válvula de escape ou uma maneira de não estarmos sozinhos, conversamos com personagens fictícios e respondemos perguntas da alma como se fossem de uma criança assustada e perdida, há muito tempo perdi o manual de instruções de como ser feliz parada, preciso de movimento, de respostas, de dúvidas e de paixões.
O que fazer agora? Preciso saber conduzir um relacionamento mesmo que seja assim, meio louco, sem pé nem cabeça, não fui educada para ter vários relacionamentos, por isso não sei lidar muito bem com a coisa, esperei as flores, elas não chegaram, espero pelos telefonemas, agora, esquece, eles não virão mais, consegui estragar até o pouco que eu tinha, que era tudo e que agora é só o que resta. Afinal, não fui educada.
Eu não tenho o que te falar, nada como crítica, ou como reclamação, nada como uma satisfação, você sempre foi tão doce e tão presente, ao mesmo tempo tão liso e tão afastado que fica difícil lidar com essas distâncias, você não impõe limites, você dá espaço pra ter tudo de nós, falo também em nome dos artistas que você já entrevistou, fica olhando pra gente, esperando mais informação e aí, nos abrimos, nos esparramamos pra fugir do silêncio ou para aproveitar o espaço, é tão raro pessoas que nos ouvem que devemos aproveitar as oportunidades, falamos, falamos e vamos embora.
Tenho a impressão de que você me hipnotiza, me deixa sonolenta e calma, muito calma, é impressionante seu poder de me tranquilizar, de repente tudo foge de minha mente, as dúvidas, as incertezas, me sinto totalmente nua e vazia, sem um argumento, sem uma desculpa sequer. Enfim, tudo some, só a verdade aparece, mas a minha verdade às vezes é cobrança, é querer ter você, entender você, abrir você, mas sua magia envolvente não me deixa nenhum caminho, ou seja, você é sempre o entrevistador. Você assistiu Entrevista com o Vampiro? Então, nós somos os vampiros, você é o cara....foda isso.....

Eu quero você, até o final da ponte, se tiveres coragem de entrar novamente nesse carro.

Eu preciso de você pra me inspirar, pra me dar energia, não que eu tire isso de você, mas vou tirar da sensação de não estar sozinha, vou tirar de dentro de mim, além de que preciso muito, muito dar, dar carinho, dar atenção, minha energia flui mais quando me dou mais, sabe como? Existe algo assim? Que quanto mais se dá maior fica? Quem sabe assim como o atrito? Ele precisa existir e crescer para criar calor, criar energia, criar o fogo? Pois é esse fogo que eu quero queimar, arder, te aquecer, pode ser?

Eu quero que você confie em mim, quero ser seu espelho, sua lembrança, seu cheiro, quero ser parte de sua mentira, de sua verdade. Quero estar com você solta, leve, suada, perfeita, me sentir mulher e menina, ter fantasias, sentir o cheiro da vela, da luz, da chama, escutar seus passos e vigiar seu sono.

A despedida, o esperar, o sonho e a verdade, o exercício de dizer algo e ver a reação, de te contar coisas tão excitantes e não ver nenhuma reação, de escutar por todos os poros na esperança de aprender mais, de conhecer melhor, de acreditar no impossível.



De que forma eu poderia ir além de você? Isso ninguém sabe, para onde ir, por onde fugir de seus carinhos, de uma vontade que me consome toda, de ouvir sua voz por trás, ditas antes em outro lugar, relembrar. Onde fica sua inspiração? Onde mora sua dúvida? Quero visitar sua incerteza, conhecer seu vazio, encher seu silêncio de risos, abraçar suas lembranças, te ver, te rever, te deixar e voltar. De novo encontrar além de algo que não foi, que nunca deixou de ser, “por onde vais, correntezas cheias de incertezas, curvas quedas..., onde vais.....” Vander Lee....

Agora falando sério, eu me sinto tão inteira quando estou perto de você que acho que essa coisa de cara metade deve ter algo a ver com o tempo, o passado, o futuro e o inexistente, nada faz tanto sentido quanto o invisível, o sentido é maior porque marca mais, o que marca mais não tem cor, não tem corpo, tem força, a sensação, o som, a música, o cheiro, pra onde eles te levam? O gosto, a suavidade do sexto sentido, pra onde te levam? A intuição, por onde te segue? O prazer, pra que serve? Seria isso a tal felicidade? Ou seria um tal amor? Você tem um dicionário aí?


Beijos

Jackie

Obs.: e eu falo do Caetano, Aaaaffe....

2 comments:

sisii said...

Olá Mandalla muito bom seu texto! parabéns!"!!

Anonymous said...

O texto é profundo e linguisticamente eloquente! Muito bom!!