Thursday, May 21, 2009

O inexplicável.....


Toda a essência do bem querer, a paixão, o espelho, só reconheço o que conheço em mim, sou seu ver, sou sua imagem, sou a ternura do existir, a cumplicidade e o saber, a mais complexa forma de existir, a sabedoria ingênua, a desconfiança e a certeza, a parte de tudo, a mera exuberância, a timidez, a insegurança do ser absoluto, a fraqueza do ser simples, a característica marcante da vida simples, a pura satisfação, a mais completa certeza de ser um ser inerte, a procura do vento que me leva ao saber absoluto, a forma mais grandiosa de vida, o perfeito reconhecimento, o amor entre tudo e todos que duvidam dele.

O que é a solidão....


Também não sei, mas hoje sou a solidão. O medo das pessoas e o egoísmo. As palavras não ditas, as despedidas não feitas. O vazio que preenche o vazio, a força vinda do nada, a carência absoluta do criterioso relacionar, as pessoas como momentos, interesses e necessidade, nada é tão frágil, tão fraco e tão medonho quanto o se relacionar. Ninguém pode ser sincero, ninguém pode sentir, só há medo e indiferença, como modo de sobrevivência. Quando eu era criança, até pouco tempo atrás, acreditava na simplicidade de um ser jovem e capaz de acreditar que o que todos queriam era ter um outro alguém, onde o que importava era estar pelado simplesmente como se o amor fosse a coisa mais importante de tudo. Não acreditava na força da Ferrari ou das outras vestimentas que se usa para, simplesmente, chamar a atenção de outro ser para a nossa própria insegurança e existência nesse vazio interminável. Não acho que eu estava errada, ainda acho que o que todos querem é chamar a atenção de outro ser, mesmo vestido. Mas precisei crescer, pelo menos pra poder enchergar. Onde posso estar errada, talvez na minha verdade, na minha indiferença ou ainda na minha própria segurança, mesmo abalada. Ninguém veio se despedir, ninguém me telefona, não posso mais amar porque estou sendo possessiva, ninguém quer compromisso com o amor, ninguém quer ser amado ou acariciado, só existe medo e a ternura é momentânea, não vale a lembrança, não precisa ser lembrada, é apenas um momento, que passa rápido e que passou.
Os instantes que cabem na estante, como se o passado fosse coisa de gente que precisa de um sentido no outro, não quero ficar na estante, no entanto, eu tentei, tentei tanto, não sou um instante, sou estanque e preciso disso pra viver. Sou paixão, sou presente e verdade, sou toda de dar, e quero receber essa energia de volta.
Por enquanto, engrandeço na minha própria existência. Sou uma fonte de energia para quem tem coragem de sentir.